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ARIVALDO PURIFICAÇÃO
( BRASIL - BAHIA )

 

Arivaldo Rodrigues da Purificação (Salvador, BA, 17/06/1958) é um poeta do mundo e para o mundo.
Na sua poesia rondam todas as figuras do dia-a-dia:
o homem, a mulher, o menino; o humilde e o humilhado; quem chora e quem enxuga as lágrimas...
Arivaldo é assim, um homem comprometido com o cotidiano; com tudo que rodeia, acolhendo imagens que outros desprezariam. Daí ter obtido o 1º e 3º lugares no Concurso de Poesia promovido na 1ª. Semana da Cultura de Catu e 3º Lugar no 1º Festival de Música do Clube dos Empregados da Petrobrás de Catu. Às vezes cordelista, é casado, para sempre, com Maria.  Amém.

 

TEMPOEMA - Antologia.  Organizador: Goulart Gomes.  Apresentação por Antônio Torres.  São Paulo: João SCORTECCI EDITORA, 1995.   96 p.  No. 10 912
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda.

 

 

              PURIFICAR

Cai a chuva
E lava escadas e estruturas
Arrasta o pó das marquises
E o lixo do canto da rua
Lava a minha janela
E molha uma parte do mundo
E eu ouço o canto da chuva
Cai como uma luva a chuva
Na sede marrom da terra seca
Na sede do peito sertanejo
No seu pote de esperança
No seu semblante de fé
Em Deus padre, em São José

Cai a chuva
E as nuvens se renovam
Os suspiros são profundos
E o céu é mais azul
E o sol é mais dourado
Toda vez que chove eu canto
Eu conto as gotículas
Canto em tom maior o dia da chuva
E sinto um frio e saudade
Saudade da cama quente
Saudade do telhado
Das gotículas que caíam
E me faziam dormir
Das piadas e jogos infantis
E dos medos da minha mãe
Toda mãe tem seu medo
Seus modos de sentir, suas inundações...
O que seria da poesia sem a chuva
Que lava o lixo?
Que a chuva caia sempre
E levante a poeira
Porque a vida precisa ser úmida
E eu preciso sorver
A selva da terra
Para estar vivo

Poesia classificada em 1º Lugar na 1ª. Semana
da Cultura de Catu-BA, outubro 1993.


                  CRUZ II

Trago uma tristeza no peito
Um vazio
A falta do que não tenho
A falta do que está perdido
Do que sempre esteve longe de mim
Eu que vim buscar
Trago as dores nas mãos
Trago as marcas do mundo
E o semblante tristonho
Trago uma cabeça pendente
ainda pensante
Trago na mente cada palavra
que pronunciei
Cada grito, todos os gritos que dei
Cada palavra que não falei
Cada silêncio que fiz
Todos os gritos  que há muito ouço
E os que ouvi há alguns segundos
Trago a solidão...
Trago a imensa tristeza de estar só
E a paz do sonhador.

Poesia classificada em 3º Lugar na 1ª Semana da
Cultura de Catu - Bahia, outubro de 1993.


 *
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Página publicada em setembro de 2025.





 

 

 
 
 
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